Vamos conversar sobre leucemia? (Fevereiro Laranja) - Blog - Hospital Evangélico

20/02/2024

Vamos conversar sobre leucemia? (Fevereiro Laranja)

Entenda o que é a leucemia, sua relação com a medula óssea e por que a doação é tão importante!

HES - Fevereiro Laranja - Leucemia- Capa

O mês de fevereiro é uma ótima oportunidade para conversarmos sobre um tipo de câncer que exige muita atenção, ainda cercado de medos (especialmente porque afeta crianças pequenas) e de dúvidas, assim como sobre uma das formas mais bonitas de ajudar quem está passando por tratamentos contra essa doença. O tema do mês é a leucemia.

Estamos no Fevereiro Laranja, data especial de conscientização sobre a doença. Além de aprendermos mais sobre a leucemia, a campanha é uma ótima chance para discutirmos, também, a doação de medula óssea – uma forma de ajudarmos, ativamente, a combatê-la!

Iniciamos nossa conversa com um painel geral sobre a leucemia – o que é, quem afeta, quais são os sinais e sintomas – e finalizamos com questões importantes sobre a doação. Vamos lá?

 

Leucemia: o que é isso?

Em termos simples, leucemia é um tipo de câncer que afeta células do sangue.

A leucemia normalmente está relacionada a células chamadas de glóbulos brancos – verdadeiros ‘guerreiros’ que nos protegem de infecções. Presentes no sangue, estas células são componentes importantíssimos do nosso sistema imune.

Na leucemia, há a produção constante de glóbulos brancos anormais, isto é, que não funcionam como deveriam. Com o passar do tempo, essas células defeituosas acabam ‘tomando espaço’ dos glóbulos brancos saudáveis, o que torna o sistema imune comprometido, enfraquecido.

Além disso, a multiplicação das células cancerosas afeta, também, a produção de outros tipos celulares sanguíneos essenciais à saúde e à defesa do corpo.

Os tratamentos para a leucemia são complexos e relativamente longos. Eles têm o objetivo de impedir a produção de glóbulos brancos ‘defeituosos’. Em alguns casos, isso envolve o transplante de medula óssea (que é, lembremos, a ‘fonte’ dos glóbulos brancos).

Justamente pelos tratamentos serem complexos e longos, é preciso estar atento aos sinais e sintomas da doença, assim como conhecer as formas de prevenção. Campanhas como o Fevereiro Laranja compartilham informações sobre a leucemia e, ainda, estimulam a doação de medula, a fim de ajudar pessoas em estágios avançados da doença

Incidência da leucemia

No Brasil, o Ministério da Saúde estima em cerca de 10 mil o número de novos diagnósticos anuais da doença, com leve prevalência entre os homens. Trata-se do 9º tipo de câncer mais comum entre eles, e o 11º entre as mulheres.

Em 2020, a Organização Mundial da Saúde registrou cerca de 474 mil casos da doença no mundo – o 13º tipo mais comum de câncer.

A leucemia é o câncer mais frequente na infância, sendo relacionada a alterações genéticas do desenvolvimento. Nos adultos, costuma aparecer com o tempo, sendo mais frequente a partir dos 55 anos, por ser relacionada a exposição a agentes tóxicos.

 

O que é e o que faz a medula óssea?

Como mencionamos anteriormente, uma das formas de tratar a leucemia é pelo transplante de medula óssea. Antes de conversarmos sobre esse tema, vale responder a dúvida: afinal, o que é a medula óssea?

Esse nome ‘medula’ já revela onde no corpo esta estrutura importantíssima se encontra: no ‘meio’ – mais exatamente, no centro de alguns ossos chatos (como o esterno, o crânio e a pélvis) e de ossos longos, como úmero e fêmur.

A medula óssea é o local onde encontramos células extremamente importantes: as células-tronco pluripotentes. Essas células são capazes de se ‘transformar’ em diversos tipos celulares distintos, sendo importante ‘fábrica’ de vários componentes essenciais do nosso corpo.

É na medula óssea que as células vermelhas, as brancas e as plaquetas são geradas, a partir das células-tronco. Todas essas são células ‘passeiam’ pelo organismo inteiro via corrente sanguínea – é por isso que a leucemia é chamada de ‘câncer do sangue’. Daí deriva, também, a periculosidade da leucemia: as células cancerosas produzidas na medula atingem facilmente o organismo inteiro, infiltrando gânglios linfáticos, sistema nervoso central, fígado, baço e demais órgãos, tudo isso via sistema circulatório.

Ter uma medula óssea saudável, portanto, é de extrema importância para nosso bem-estar.

 

Leucemia: principais sintomas

Vimos que a leucemia afeta diretamente o sistema de defesa do corpo. Afeta, também, direta ou indiretamente, outras células do sangue que não fazem parte do sistema imune, como as células vermelhas, que transportam oxigênio. Por isso, sintomas relacionados a infecções e ao cansaço são alguns dos mais comuns em pessoas com leucemia.

Os principais sintomas associados à doença são:

  • Cansaço, fadiga, fraqueza
  • Anemia
  • Febre
  • Perda de peso e de apetite
  • Infecções constantes
  • Pneumonia
  • Desconforto abdominal
  • Dores no corpo
  • Sensação de ‘palpitação’ no peito
  • Gânglios linfáticos inchados
  • Aftas e sangramentos bucais

 

Tipos de leucemia

A leucemia é uma doença complexa: existem 4 tipos principais da doença, que variam de acordo com a velocidade de evolução e com as células sanguíneas afetadas.

A classificação básica é entre leucemia aguda e leucemia crônica. No primeiro caso, as células afetadas são imaturas, de rápida multiplicação – por isso mesmo, esses casos são ‘agudos’, agressivos, e exigem tratamento imediato. As leucemias crônicas demoram mais tempo para afetar o corpo – os sintomas podem surgir muitos anos após o início da doença –, e envolvem células do sangue mais maduras.

Dentro destas classificações, os tipos mais comuns são:

  • Leucemia Linfocítica Aguda (LLA): tipo mais comum em crianças pequenas.
  • Leucemia Linfocítica Crônica (LLC): tipo crônico mais comum em idosos.
  • Leucemia Mieloide Aguda (LMA): ocorre em crianças e em adultos. É o tipo agudo mais comum em adultos.
  • Leucemia Mieloide Crônica (LMC): atinge principalmente adultos a partir de 30 anos.

 

Existe relação entre a incidência da leucemia e algumas profissões?

De tão complexa, a leucemia ainda é cercada de mistérios, até mesmo para os pesquisadores. Ainda não se sabe exatamente o que causa a doença – fatores genéticos e ambientais são fortes candidatos a aumentar os riscos de seu desenvolvimento.

Nesse sentido, vale ficar atento à segurança do trabalho, já que algumas profissões estão mais expostas a produtos químicos que podem aumentar as chances do surgimento de certos tipos de leucemia.

HES - Fevereiro Laranja - Leucemia - Imagens internas

Em junho do ano passado, o Ministério da Saúde divulgou um material de apoio (encontre o link ao final do texto!) em que apontava certas profissões como tendo maior exposição a agentes potencialmente cancerígenos. Dentre as profissões que exigem proteção adicional aos trabalhadores, estão:

 

AGRONEGÓCIO

  • Profissionais que aplicam agrotóxicos e agentes de endemia;

 

PETROQUÍMICOS

  • Deve tomar cuidado adicional com proteção pessoal quem trabalha na produção de solventes, em postos de gasolina e na produção de borrachas, resinas e plásticos.

 

SETOR DE SERVIÇOS

  • Profissionais de salão de beleza;
  • Quem trabalha na esterilização de materiais médico-cirúrgicos, hospitalares, farmacêuticos, veterinários e de alimentos;
  • Distribuição de óxido de etileno.

 

NUCLEAR

  • Profissionais de radiologia;
  • Quem trabalha em usinas nucleares;
  • Mineração subterrânea.

 

De acordo com o Ministério da Saúde, eliminando-se os agentes cancerígenos dos locais de trabalho, seria possível evitar até 37% dos casos de câncer em homens e 9% em mulheres.

 

Como estão os tratamentos para a leucemia atualmente?

Hoje em dia, a pessoa com leucemia receberá atendimento especializado de uma vasta e multidisciplinar equipe médica – que inclui hematologista, oncologista, enfermeiros, nutricionistas e psicólogos –, que fornecerá todo o suporte necessário à luta contra a doença.

A partir dos resultados de exames, a equipe poderá determinar o tipo e a severidade do caso, assim como o tratamento mais adequado. Os quatro tipos básicos são: quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e transplante de medula óssea.

Quimioterapia: é o tipo de tratamento mais comum. Um medicamento – ou uma combinação de medicamentos – é utilizado para destruir as células cancerosas, podendo ser administrado por via oral ou intravenosa.

Radioterapia: alguns casos de leucemia exigem o tratamento com raios-X (ou outras formas de radiação de alta energia), direcionados a pontos específicos do corpo ou ao organismo inteiro. A radioterapia também pode ser usada como preparação para um transplante de medula óssea.

Imunoterapia: a estratégia da imunoterapia é utilizar o próprio sistema de defesa do corpo para localizar e destruir as células cancerosas. Medicamentos específicos permitem que o corpo identifique essas células.

Transplante de medula óssea: para casos mais graves ou urgentes, o transplante é indicado. Nesses procedimentos, é feita a ‘substituição’ das células-tronco da medula óssea. A pessoa recebe células-tronco saudáveis, capazes de gerar células do sangue (como os glóbulos brancos) também saudáveis.

Vamos entender um pouco mais a fundo como funciona o transplante.

 

O transplante de medula óssea

Conforme discutimos no início do texto, a leucemia é decorrente da produção de células do sangue defeituosas, geradas a partir de células-tronco da medula óssea. Como resolver esse problema? Substituindo essas células-tronco por versões “saudáveis”, que produzirão células do sangue “normais”! E como fazer essa “substituição”?

A estratégia é a seguinte: primeiro, o paciente recebe doses altas de quimioterapia ou de radioterapia, a fim de destruir as células-tronco “problemáticas” da medula óssea. Depois, ele recebe o transplante de células-tronco saudáveis, que ajudam a “reconstruir” a medula e passam a produzir células do sangue também saudáveis.

O transplante pode ser feito utilizando células-tronco do próprio paciente (processo chamado de transplante autogênico ou autólogo) ou de outra pessoa (alogênico)

Como se trata de células muito específicas, é preciso que haja compatibilidade entre doador e receptor (é como uma transfusão de sangue: nem todos os tipos de sangue podem ser utilizados por uma pessoa!). Por isso, os transplantes autogênicos são os mais indicados. Mas nem sempre eles são possíveis. Então, deve-se buscar compatibilidade com outras pessoas – e essa compatibilidade é bastante restrita.

Quando uma pessoa precisa receber transplante, primeiro busca-se por potenciais doadores na família, em parentes de 1º grau. Caso um match não seja identificado, pode-se utilizar um banco de medula óssea para procurar, ali, compatibilidade.

 

Doe medula óssea – um gesto incomparável de amor ao próximo!

Se você tem boas condições de saúde, não tem câncer ou doenças do sangue ou do sistema imunológico, estiver livre de infecções e na faixa etária de 18 a 55 anos, poderá ser um doador de medula óssea – ajudando, assim, de forma direta, a salvar vidas!

HES - Fevereiro Laranja - Leucemia - Imagens internas - doe medula ossea

Informe-se em qualquer hemocentro de sua cidade como fazer para ser um doador. A doação de medula, em si, apenas acontece se encontrarem um receptor compatível com as suas células (o que pode levar anos para acontecer). O processo inicial envolverá somente a coleta de 5mL de sangue para os testes de compatibilidade. Os resultados ficarão registrados em um sistema centralizado do governo federal – o Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Toda vez que uma pessoa precisar receber uma doação de medula óssea, os médicos buscarão no Redome se há doadores compatíveis com ela. Havendo compatibilidade, o doador é convidado a realizar a doação de medula de fato.

Então, o doador se encaminhará até um centro cirúrgico. O procedimento de coleta da medula é feito sob anestesia e demora mais ou menos 02 horas. Nesse período, são realizadas punções nos ossos da bacia, a partir das quais a medula saudável é aspirada. O processo não compromete de maneira alguma a saúde do doador – a medula se recompõe por completo em poucas semanas! – e apresenta riscos mínimos (meramente porque é cirúrgico).

Essa medula óssea saudável será transplantada para a pessoa doente, substituindo a medula antiga. Tudo dando certo, as novas células-tronco passarão a produzir células do sangue perfeitamente normais – incluindo os glóbulos brancos –, e o receptor estará curado da leucemia.

Já pensou como seria bom saber que você ajudou alguém a ficar curado de uma doença tão impactante?

 

Um novo sinônimo para fevereiro!

Fevereiro é sinônimo de Carnaval, mas bem que poderia ser, também, de doação, não é mesmo?

Agora que conhecemos um pouco melhor o que é a leucemia, seu impacto na saúde de milhares de pessoas em todo o Brasil e sabemos que é possível ajudar os pacientes por meio da doação voluntária de medula óssea, aproveitemos este mês para abrir o coração e ajudarmos o próximo a curtir ainda muitos Carnavais no futuro – com a saúde recuperada e uma medula óssea novamente forte e saudável!

Procure o hemocentro mais próximo e informe-se sobre como ser um(a) doador(a)!

 

Para saber mais:

Compartilhe no Facebook Compartilhe no Whatsapp Compartilhe no Twitter

18 de junho

Câncer de Rim: doença geralmente silenciosa pode dar alguns sinais, explica especialista

Tumor é 14º mais comum e atinge 10 em cada 100 mil brasileiros O câncer de rim atinge mais de 170 mil pessoas ao redor do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença é o 14ª tumor mais comum, com quase 12 mil casos e mais de 4 mil mortes registradas em 2020, quando o último levantamento foi feito. Já no Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima que a incidência dos tumores renais chegue em 7 a 10 casos para cada 100 mil habitantes no Brasil. Todos os anos, o dia 16 de junho é marcado pelo Dia Mundial do Câncer de Rim, que tem a intenção de aumentar a conscientização sobre a doença. A oncologista clínica do Instituto de Oncologia de Sorocaba, Dra. Bruna Carone, comenta que esse tipo de tumor, geralmente, não apresenta sinais em estágios iniciais. Por isso, é importante ir regularmente ao médico. “Em alguns casos, o câncer de rim pode gerar sintomas, como dor lombar, febre, perda de peso, cansaço, inchaço nas pernas, massa palpável, hipertensão de difícil controle e sangramento na urina”, explica. Além disso, o Dia Mundial do Câncer Renal serve como um lembrete da importância das redes de apoio para indivíduos e famílias afetadas pelo problema. Lutar contra o tumor não é apenas uma jornada física, mas também emocional e psicológica. Ao fomentar um senso de comunidade e promover grupos de apoio, os pacientes e seus entes queridos podem encontrar consolo e compartilhar experiências. O que é o câncer de rim? Os rins têm a função de filtro no nosso organismo, eliminando substâncias nocivas. Esse tipo de câncer surge pelo desenvolvimento desordenado e acelerado de células tumorais renais. Segundo Bruna, o principal fator de risco para desenvolver a doença é o tabagismo. Além disso, obesidade, pressão alta, insuficiência renal e histórico familiar também podem levar à doença. Há três principais tipos de câncer de rim, que se diferem pelas características histológicas (vistas no microscópio). “Essa diferenciação é diagnosticada na biópsia e é importante para a definição do tratamento”. O Carcinoma de Células Renais Claras é o mais comum entre os tipos de tumores renais, ele está presente em cerca de 70% a 90% dos casos. Ele surge no tubo responsável por filtrar as impurezas do sangue. O carcinoma papilar de Células Renais é o segundo mais comum e representa entre 10% e 15% dos casos. Geralmente, ele é pequeno, mas pode bloquear a urina e vias urinárias, além de causar dor. O carcinoma Cromófobo de Células Renais é mais complexo de ser diagnosticado do que os outros, pois não pode ser visto em exames sem cor e reage apenas a corantes. A boa notícia é que ele tende a ser menos agressivo que os outros tipos. Como o câncer de rim é diagnosticado e tratado? “O exame mais comum que indica suspeita de câncer de rim é o ultrassom de abdome. Também podem ser necessárias tomografia e ressonância. A confirmação diagnóstica é feita pela biópsia”, explica a oncologista. Além disso, o diagnóstico precoce aumenta a chance de cura da doença. O tratamento do câncer de rim depende do estado e do tipo da doença. A cirurgia é utilizada para remover o tumor renal. Outro procedimento é a terapia-alvo, que envolve o uso de medicamentos que visam as alterações específicas nas células cancerígenas, bloqueando o crescimento e a disseminação do tumor. Esses medicamentos podem ser administrados oralmente ou por meio de infusões intravenosas. Cabe ressaltar que cada caso de câncer de rim é único, e o tratamento mais adequado será determinado pelo médico após uma avaliação detalhada. Além dos tratamentos convencionais, a participação em ensaios clínicos e o suporte de uma equipe multidisciplinar são aspectos importantes a serem considerados no cuidado integral do paciente com câncer de rim. Por isso é importante procurar um lugar especializado para fazer o tratamento. Bruna explica que é necessário adotar hábitos saudáveis, como por exemplo, uma vida mais ativa, com atividades físicas regulares, sem tabagismo e o uso abusivo de álcool, aliado a uma dieta rica em fibras e ingestão de 2 a 3 litros de água por dia. “Também é muito importante procurar o seu médico para orientação adequada”, finaliza a médica. Sobre o Instituto de Oncologia de Sorocaba O Instituto de Oncologia de Sorocaba é referência há mais de 28 anos em atendimentos de consultas, quimioterapias e infusões oncológicas e não oncológicas, tendo como foco cada paciente como um ser único. No IOS, o conceito de humanização não é apenas teórico, mas praticado. O Instituto de Oncologia de Sorocaba está localizado no Centro de Medicina e Saúde, que fica na Av. Comendador Pereira Inácio, 950, Térreo, Jd. Vergueiro, telefone: (15) 3334-3434.

16 de junho

Junho Vermelho: mês reforça a conscientização da doação de sangue

Além de ajudar o próximo, o gesto pode trazer benefícios ao doador e salvar de três a quatro pessoas A doação de sangue é uma ação que transcende barreiras e une pessoas de diferentes origens em um objetivo comum: ajudar aqueles que necessitam de transfusões sanguíneas para sobreviver. Pacientes que enfrentam doenças graves, cirurgias complexas, complicações durante o parto e acidentes traumáticos dependem desse ato de generosidade para que se recuperem. No dia 14 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue, uma data dedicada a reconhecer e celebrar o ato de solidariedade que salva vidas. A Hematologista do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), Dra. Camila Helena Gonzaga, explica que as transfusões sanguíneas são responsáveis por restaurar a quantidade adequada de células sanguíneas no organismo. “Esse procedimento melhora a capacidade do corpo de transportar oxigênio e manter a função adequada dos órgãos. Além desse uso principal, o sangue doado também é utilizado para o desenvolvimento de medicamentos, produção de produtos derivados do sangue, como fatores de coagulação e imunoglobulinas, entre outras aplicações terapêuticas”, diz. No entanto, apesar da importância crucial da doação de sangue, muitos países ainda enfrentam escassez em seus estoques. De acordo com o Ministério da Saúde, globalmente, 42% do sangue é coletado em países de alta renda, que abrigam apenas 16% da população mundial. Essa falta pode ter consequências devastadoras, colocando em risco a vida de pacientes que dependem de transfusões sanguíneas. É por isso que o Dia do Doador de Sangue é tão significativo. Ele visa conscientizar e incentivar as pessoas a se tornarem doadoras regulares. Além de ajudar o próximo, o gesto pode trazer benefícios ao doador. Segundo a Universidade Estadual Paulista, Unesp, doar sangue de forma regular pode reduzir o risco de doenças cardíacas, além de ajudar a manter níveis saudáveis de ferro no sangue. “Muitas pessoas experimentam um senso de realização e satisfação emocional ao doar sangue. Saber que estão ajudando a salvar vidas e contribuir para a saúde de outras pessoas pode proporcionar uma sensação de propósito e gratidão”, comenta Camila. Uma doação que pode valer por quatro A médica hematologista comenta que uma doação de sangue pode potencialmente salvar a vida de três a quatro pessoas. O sangue doado é dividido em componentes: glóbulos vermelhos, plasma e plaquetas, que podem ser utilizados individualmente para tratar diferentes condições médicas. “Os glóbulos vermelhos são usados principalmente em transfusões para pacientes com anemia ou perda significativa de sangue. O plasma é utilizado para tratar distúrbios de coagulação e outras condições. As plaquetas são frequentemente necessárias para pacientes com distúrbios de coagulação ou que estão passando por tratamentos como a quimioterapia. Dessa forma, uma única doação de sangue pode ser processada e separada em diferentes componentes para ajudar várias pessoas”, explica. Doar sangue é um processo seguro e simples. Antes de realizar a doação, os doadores são submetidos a uma triagem rigorosa para garantir a segurança tanto para a pessoa que está doando quanto para o receptor. O sangue coletado é testado para identificar possíveis infecções e, em seguida, processado e distribuído de acordo com as necessidades médicas. “No Brasil, existem critérios específicos e restrições para a doação de sangue. De forma geral, os doadores devem ter entre 16 e 69 anos, lembrando que menores de idade (16 e 17 anos) podem doar sangue com a autorização dos pais ou responsáveis legais. O peso mínimo exigido é de 50 kg. Para homens, o intervalo mínimo entre as doações é de 60 dias, com limite de até quatro doações por ano. Para mulheres, o intervalo mínimo é de 90 dias, com limite de até três doações por ano”, orienta a médica. Mas antes de doar sangue, é importante se preparar adequadamente para garantir a segurança e o bem-estar durante e após o processo. Aqui vão algumas dicas: nas 24 horas antes da doação beba bastante líquido, evite bebidas alcoólicas, faça uma refeição leve, evitando comidas gordurosas, evite jejum prolongado e exercícios físicos. “Sempre é importante seguir as orientações específicas do local de doação de sangue onde a pessoa planeja fazer a doação. Eles fornecerão instruções detalhadas e responderão a quaisquer perguntas específicas que você possa ter sobre a preparação adequada antes da doação de sangue. E lembre-se, doar sangue é um ato de altruísmo, quem doa sangue, doa vida”, conclui Camila. Sobre o Instituto de Oncologia de Sorocaba O Instituto de Oncologia de Sorocaba é referência há mais de 27 anos em atendimentos de consultas, quimioterapias e infusões oncológicas e não oncológicas, tendo como foco cada paciente como um ser único. No IOS, o conceito de humanização não é apenas teórico, mas praticado. O Instituto de Oncologia de Sorocaba está localizado no Centro de Medicina e Saúde, que fica na Av. Comendador Pereira Inácio, 950, Térreo, Jd. Vergueiro, telefone: (15) 3334-3434.

31 de março

Março Lilás: Exame preventivo e vacinação contra HPV ajudam a combater o câncer de colo de útero

Tipo da doença é a terceira maior causa de mortes de mulheres no Brasil O câncer de colo de útero é silencioso e pode demorar alguns anos para se desenvolver na sua forma mais grave. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados mais de 17 mil novos casos para o ano de 2023, o que significa 13 diagnósticos da doença a cada 100 mil mulheres. Os números mostram que o câncer de colo está diminuindo, porém, ainda é a terceira maior causa de morte de mulheres por esse tipo da doença no país. O principal fator do surgimento do tumor é a infecção do vírus do HPV, o papilomavírus humano. “A infecção genital pelo HPV é muito frequente e na maioria das vezes não causa câncer. Porém, em alguns casos, podem acontecer alterações celulares, que podem evoluir em um tumor maligno”, explica a oncologista do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), Dra. Luciana Buttros. As condições do aparecimento do câncer e os sintomas Alguns hábitos cotidianos podem ser repensados para prevenir o câncer de colo de útero, são eles: uso de preservativos nas relações sexuais, reduzir o número de cigarros, não iniciar de forma precoce a vida sexual e manter boas condições de higiene. “Mesmo sendo uma doença silenciosa, é preciso ficar atento quando há dor durante a relação sexual e sangramento vaginal. A transmissão do vírus se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada e a principal forma é pela via sexual.”, alerta Luciana. A oncologista ainda comenta que verrugas na mucosa da vagina podem ser um dos indícios do tumor, por isso, é sempre importante realizar o exame preventivo, o chamado Papanicolau. “Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo. São curáveis na quase totalidade dos casos se descobertos de forma precoce. Por isso, é importante a realização periódica do Papanicolau”, enfatiza. Março Lilás: conscientização sobre a prevenção Março foi escolhido para conscientizar e combater o câncer de colo de útero, que se descoberto no início, tem um percentual grande de cura. A principal via de cuidado é a vacina contra o HPV, disponível para meninas na faixa etária de 9 a 14 anos e para meninos de 11 a 14 anos pelo SUS. A vacinação pode ajudar a prevenir 70% dos cânceres de colo de útero e 90% das verrugas genitais. Além disso, outra maneira de prevenir o HPV é por meio do uso de preservativos durante a relação sexual. “A vacinação e a realização do Papanicolau se complementam para prevenir o câncer de colo. Mesmo as mulheres vacinadas, recomenda-se a realização do exame periodicamente ao atingir os 25 anos. Para mulheres com imunossupressão (diminuição de resposta imunológica), vivendo com HIV/Aids, transplantadas e portadoras de cânceres, a vacina é indicada até os 45 anos”, completa Luciana. Tratamento O tratamento para o câncer de colo de útero pode acontecer por meio de radioterapia, quimioterapia e cirurgia de remoção. “Existem vários tipos de tratamento para esse tipo da doença, tudo dependerá do estágio de evolução do tumor, o tamanho, a idade do paciente e o desejo de ter filhos. Importante salientar que caso haja alguma dúvida ou algum sintoma estranho, procure um médico de confiança”, completa a oncologista. Sobre o IOS O Instituto de Oncologia de Sorocaba é referência há mais de 27 anos em atendimentos de consultas, quimioterapias e infusões oncológicas e não oncológicas tendo como foco cada paciente como um ser único. No IOS, o conceito de humanização não é apenas teórico, mas praticado. O Instituto de Oncologia de Sorocaba está localizado no Centro de Medicina e Saúde, que fica na Av. Comendador Pereira Inácio, 950, Térreo, Jd. Vergueiro, telefone: (15) 3334-3434.

Newsletter
Newsletter

Assine nossa newsletter

Assine a nossa newsletter para promoções especiais e atualizações interessantes.


    Política