Maio Roxo: um mês de atenção às Doenças Inflamatórias Intestinais - Blog - Hospital Evangélico

13/05/2024

Maio Roxo: um mês de atenção às Doenças Inflamatórias Intestinais

Dores na barriga, diarreia, perda de peso: esses são alguns dos sintomas mais comuns das doenças inflamatórias intestinais (DIIs), problemas crônicos que precisam ser diagnosticados o quanto antes. Conheça-os!

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A cor de maio é o roxo, dedicada a alertar sobre as doenças inflamatórias intestinais – também conhecidas como DIIs. O alerta é mais que válido: além de causarem sintomas impactantes para a saúde, essas doenças ainda não têm cura definitiva, por isso o diagnóstico precisa ser feito o quanto antes. Além disso, muitos dos sintomas são similares a outros problemas gástricos/intestinais bastante comuns, então conhecer os detalhes sobre elas faz toda a diferença!

As doenças inflamatórias intestinais mais comuns são a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn. Elas correspondem a mais de 80% dos casos de DIIs. No Brasil, essas duas doenças afetam de 12 a 55 pessoas em cada 100 mil habitantes.

A principal diferença entre elas é que a retocolite atinge especialmente o intestino grosso, enquanto a doença de Crohn pode acometer o trato digestório por inteiro, desde a boca até o ânus, sendo mais comum no intestino delgado.

RETOCOLITE: No caso da retocolite, os sintomas mais comuns são cólicas e presença de muco ou sangue nas fezes. Episódios graves geram diarreia, febre alta e fortes dores na barriga.

CROHN: Já na doença de Crohn, uma doença mais profunda, o principal sintoma são as diarreias frequentes, em que sangue nas fezes é comum. Outras formas de apresentação da doença de Crohn também são as fistulas peri-anais e aftas na boca.

Sintomas das Doenças Inflamatórias Intestinais

As DIIs causam grave inflamação no intestino, e como decorrência desta inflamação ocorrem os sintomas a seguir:

  • Dor de barriga: é comum o paciente sentir-se ‘inchado’ no estômago, assim como sentir fortes dores na barriga e ter enjoos ou vontade de vomitar;
  • Diarreia: apesar de ser um dos sintomas mais frequentes, vale notar que ficar com o intestino preso também é um sinal das DIIs;
  • Sangramento nas fezes: além do sangue, em alguns casos, o paciente pode perceber a presença de muco no ânus;
  • Perda de peso;
  • Anemia;
  • Fraqueza.

Este são os sinais mais comuns. A inflamação pode também acometer outros órgãos, como pele, olhos, fígado e articulações.

 

O que causa as DIIs?

Ainda não se tem uma resposta definitiva sobre as causas das DIIs. Isto porque as doenças são extremamente complexas, envolvendo questões genéticas (hoje, há mais de 2.500 genes identificados relacionados a elas), hábitos de vida, hábitos alimentares, o meio em que a pessoa vive e até mesmo a composição da flora intestinal (o conjunto de bactérias que vivem em nosso intestino).

 

Quais são as Doenças Inflamatórias Intestinais?

Como vimos acima, a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn são 02 exemplos (os mais comuns) de DIIs. Mas existem outras doenças que se encaixam nessa definição. Dentre as principais, temos:

  • Colite isquêmica
  • Colite microscópica
  • Doença celíaca

 

Como é feito o diagnóstico?

A primeira etapa do diagnóstico das DIIs é a análise dos sintomas do paciente. É importante o médico entender seu histórico de saúde, hábitos de vida, antecedentes familiares etc., para que possa descartar outras doenças que causam os mesmos sinais. Depois, o médico pode requisitar exames laboratoriais e de imagem, incluindo endoscopias.

Dentre os exames laboratoriais, é comum serem requisitados exames de sangue e de fezes, assim como testes hepáticos, renais e de marcadores sorológicos que podem ajudar a diferenciar as DIIs.

Dentre os exames de imagens, o médico poderá pedir raios-x de abdome ou exames com contraste para averiguar o trânsito intestinal. Tomografia e ressonância também são opções. Um dos exames diagnósticos mais importantes é a endoscopia, que pode ser realizada em diversas porções do intestino. Estes exames, extremamente detalhados, permitem que a equipe médica observe, com riqueza de detalhes, a parte interna do intestino, averiguando lesões, inflamações e quaisquer alterações nas paredes do órgão. Dependendo do que for observado, até mesmo tratamentos cirúrgicos podem ser sugeridos. Além disso, por meio da endoscopia, é possível realizar biopsias de porções de interesse, para um diagnóstico ainda mais detalhado.

Vale ressaltar que nem sempre o médico irá pedir todos os exames listados acima. Em alguns casos, os exames laboratoriais já trazem certezas quanto à DII do paciente. O importante é que, hoje em dia, existem inúmeras opções que as equipes de saúde têm a seu dispor a fim de garantir um diagnóstico preciso e rápido aos pacientes.

Tratamento das Doenças Inflamatórias Intestinais

O tratamento das DIIs é focado na redução e no controle da inflamação intestinal. Em casos graves, podem ser utilizados medicamentos ‘fortes’, como corticosteroides, ou até mesmo cirurgias. Para manutenção, existem medicamentos orais que protegem o órgão e evitam o aparecimento dos sintomas. Unidos a bons hábitos de vida (saiba mais abaixo), eles podem garantir um futuro livre de dores de barriga para boa parte dos pacientes. Hoje, já é possível conviver muito bem com as DIIs.

Nas fases agudas da doença, e para induzir a remissão dela, são utilizados os corticosteroides, potentes e eficientes anti-inflamatórios, mas que resultam em diversos efeitos colaterais. Por isso, são usados apenas como ‘emergência’, para redução rápida da inflamação e controle da doença.

Quando a DII estiver sob controle, chega o momento de mantê-la assim. Medicamentos como os aminossalicilatos são bastante utilizados, ajudando a reduzir a inflamação intestinal. Também pode-se optar por imunossupressores, a depender do tipo e gravidade da doença.

A terapia biológica é uma opção mais recente. São medicamentos administrados por via subcutânea ou intravenosa e que atuam no bloqueio de etapas importantes para o processo inflamatório. Com isso, reduzem sintomas e incidência da doença, com poucos efeitos colaterais, mantendo o sistema imune intacto.

As cirurgias são indicadas para casos graves, em que a inflamação já causou danos severos ao intestino, como perfuração, fístulas e abcessos. Nessas situações, os danos podem ser ‘consertados’ pela cirurgia, ou o médico poderá optar pela remoção da parte doente do intestino.

 

É possível prevenir as Doenças Inflamatórias Intestinais?

As DIIs são doenças complexas. Por isso mesmo, são consideradas, ainda hoje, crônicas. Como afetam pessoas jovens, é importante saber quais fatores podem piorar os quadros inflamatórios intestinais, evitando-os ao máximo para garantir um futuro com menos complicações, intercorrências e pioras nos quadros inflamatórios.

  • MANTER O CALENDÁRIO VACINAL EM DIA: para pacientes com DII, ou com risco de desenvolver uma dessas doenças, é fundamental ter as vacinas em dia, ajudando a fortalecer o sistema imune.
  • FUMAR: diversos estudos já indicaram correlação entre fumar e pioras em condições inflamatórias intestinais. Especialmente para a doença de Crohn, o fumo é um fator de risco para o desenvolvimento da doença, piora os quadros quando ela é identificada e faz com que o paciente precise tomar mais medicamentos para reduzir os sintomas.
  • ATIVIDADES FÍSICAS: fazer o corpo suar algumas vezes por semana tem um efeito protetor contra as DIIs. Ainda estão sendo estudados quais seriam os melhores exercícios e o tempo ideal de prática, mas é consenso que manter o corpo ativo auxilia na redução de sintomas e na melhora geral do organismo.
  • BONS HÁBITOS ALIMENTARES: comer bem é um investimento. Os alimentos ricos em fibras e nutrientes ingeridos hoje ajudarão a nutrir o corpo, a formar uma flora intestinal mais saudável e a manter a saúde no médio e longo prazo. Especialmente para o intestino, ter uma alimentação rica em fibras e ingerir quantidades adequadas de água todos os dias são os melhores caminhos para um órgão saudável.

 

Aqui no Brasil, doenças intestinais são algumas das mais comuns que existem. Quase todo mundo já passou por um período de dores de barriga ou alterações na evacuação. Por isso mesmo, fique sempre alerta em sua saúde intestinal: caso perceba quaisquer alterações ou sinta uma dor de barriga ‘diferente da habitual’, procure auxílio médico. Os sintomas das DIIs podem surgir em qualquer momento da vida e, como vimos, quanto antes o diagnóstico for feito e o tratamento iniciado, melhores as perspectivas de um futuro livre de inflamações intestinais.

 

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28 de fevereiro

Câncer de pele é o tumor maligno mais frequente do Brasil

Doença tem baixas taxas de letalidade e pode ser curada quando detectada precocemente. No verão, a incidência dos raios solares é maior e pode trazer complicações para a nossa saúde. Com o calor, é comum as pessoas frequentarem praias, rios, piscinas, parques e lugares ao ar livre, mas é preciso estar atento à exposição inadequada aos raios solares. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são registrados mais de 185 mil casos de câncer de pele por ano, tipo de tumor maligno mais frequente no Brasil. O país só fica atrás da Nova Zelândia e da Austrália no mundo. Em parte, a grande razão dos números serem tão altos é graças ao sol intenso característico dessas regiões. Para a médica oncologista clínica do Instituto Oncológico de Sorocaba (IOS), Gabriela Filgueiras Sales, as principais causas da doença são a exposição excessiva ao sol (sem filtro solar) ou em cabines de bronzeamento artificial. “Isso acontece porque a radiação ultravioleta, que penetra na pele, tem efeito cumulativo. Os raios UV danificam o DNA das células e podem surgir lesões na pele”, explica. A boa notícia é que esse tumor tem baixas taxas de letalidade e pode ser curado quando detectado precocemente. A médica oncologista explica abaixo como surge a doença, os sintomas e como evitá-la. Câncer de pele melanoma e não melanoma O câncer de pele se caracteriza quando as células se multiplicam sem controle e pode ser classificado de duas formas: melanoma e não melanoma. O câncer de pele melanoma é o mais agressivo e menos frequente. Ele tem origem nos melanócitos, células que produzem melanina, substância que determina a cor da pele, e tem mais incidência em adultos brancos. Já o não melanoma representa 30% da incidência de tumores malignos registrados no Brasil. Ele surge nas células basais ou nas escamosas. O que causa o câncer de pele? Qualquer pessoa pode desenvolver câncer de pele, mas aquelas com pele muito clara, albinas, com vitiligo e em tratamento com imunossupressores, são mais propensas a terem a doença. O tumor é mais comum em pessoas com mais de 40 anos. É considerado raro em crianças e pessoas negras. Apesar disso, a exposição aos raios solares de forma inadequada aumenta a probabilidade de surgimento da doença. “Além das exposições à luz UVA, feridas crônicas e cicatrizes na pele, o contato com agentes químicos e exposição à radiação, também podem causar câncer”, alerta Gabriela. Quais são os principais sinais do câncer de pele?   O sinal de alerta para o câncer de pele são manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram e geram feridas que não cicatrizam em até quatro semanas. “Qualquer pinta que muda sua aparência, como forma, borda irregular, cor de vários tons, tamanho maior que 6 milímetros, cresce e muda de cor, pode ser indício do câncer de pele”, explica a oncologista. O câncer de pele ocorre principalmente nas áreas do corpo que são mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas. Assim que perceber qualquer sintoma ou sinal, procure rapidamente um profissional de saúde especialista para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento. Como evitar? A principal recomendação para a prevenção do câncer de pele é evitar a exposição ao sol, principalmente nos horários em que os raios solares são mais intensos (entre 10h e 16h), bem como utilizar óculos de sol com proteção UV, roupas que protegem o corpo, chapéus de abas largas, guarda-sol e protetor solar. Também é importante usar proteção em dias nublados. Apesar de o sol estar escondido entre as nuvens, ele não deixa de emitir raios UVA e UVB até mesmo no inverno e a radiação solar penetra em nossa pele e pode causar danos no tecido celular. Como escolher o protetor solar correto?   “De acordo com o Consenso Brasileiro de Fotoproteção (Sociedade Brasileira de Dermatologia), o ideal é que o produto tenha FPS mínimo de 30. Quando a pele é mais sensível ao sol, muito clara ou se há histórico familiar de câncer de pele, é necessário que o FPS seja de 50 ou mais”, diz Gabriela. O filtro solar deve ser aplicado corretamente, conforme as normas do fabricante. Sobre o Instituto de Oncologia de Sorocaba O Instituto de Oncologia de Sorocaba é referência há mais de 27 anos em atendimentos de consultas, quimioterapias e infusões oncológicas e não oncológicas tendo como foco cada paciente como um ser único. No IOS, o conceito de humanização não é apenas teórico, mas praticado. O Instituto de Oncologia de Sorocaba está localizado no Centro de Medicina e Saúde, que fica na Av. Comendador Pereira Inácio, 950, Térreo, Jd. Vergueiro, telefone: (15) 3334-3434.

04 de fevereiro

Março azul-marinho: especialistas explicam a importância dos exames preventivos e diagnóstico precoce para o combate ao câncer colorretal

Campanha alerta para prevenção do terceiro tipo mais comum de câncer no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, o INCA, o câncer colorretal é terceiro tipo de tumor maligno mais frequente no Brasil, atingindo mais de 40 mil novos casos por ano, sem distinção de gênero. Pessoas com história familiar de câncer colorretal possuem maior probabilidade de apresentar a doença. A adoção de hábitos e vida saudáveis, como atividade física, dieta rica em fibras vegetais e ingestão de pelo menos 2l de agua por dia ajudam a prevenir a doença. Mas o que é o câncer colorretal?   O câncer colorretal atinge o intestino grosso e/ou sua porção final, o reto. Também pode ser chamado de câncer de intestino ou tumor de cólon e reto. A doença é caracterizada por alterações desordenadas na divisão e reprodução das células. Se descoberto na fase inicial, quando ainda não se disseminou para outras partes do corpo, há mais de 90% de chances de cura. Por se tratar de uma doença silenciosa em muitos dos casos, é preciso estar atento a alguns sintomas: presença de sangue nas fezes, dores na barriga com duração de mais de 30 dias, mudança no ritmo intestinal, isso é, constipação ou diarreia, perda de peso acelerado, anemia, cansaço e fraqueza. A pesquisa de sangue oculto nas fezes, realizada anualmente, auxilia no diagnóstico de lesões que podem ser precursoras da doença, como os pólipos intestinais. Dr. Luis Pires, médico oncologista do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), comenta que “a maioria das pessoas que apresentam esses quadros não tem câncer de intestino, pois outros problemas de saúde podem causar sintomas semelhantes. Mas, se você tiver algum desses, ou se algo não parecer bem, procure o seu médico imediatamente. Apenas um profissional pode te dar um diagnóstico preciso”, explica o especialista.     Como prevenir a doença Dr. Igor Marchetti, endoscopista e responsável pelo setor de exames endoscópicos do Hospital Evangélico de Sorocaba, chama a atenção para a prevenção da patologia. “Alguns hábitos para inserir na rotina como forma de prevenir o câncer colorretal são: uma vida mais ativa, com atividades físicas regulares, sem tabagismo e o uso abusivo de álcool, aliado a uma dieta rica em fibras e ingestão de 2 a 3 litros de água por dia”, explica o médico. Outra forma de prevenção é a realização da colonoscopia. Com ela é possível identificar lesões indicativas para o câncer colorretal. “Após os 45 anos, todas as pessoas devem procurar um médico e solicitar o exame de colonoscopia. Este exame é feito com um aparelho que possui uma câmera na sua extremidade e é capaz de visualizar todo o intestino grosso. Em muitos casos, são encontrados o que chamamos de ‘pólipos’, que são pequenas lesões benignas, porém algumas com potencial de evoluírem para um câncer. Assim, durante o exame essas lesões são identificadas e retiradas, concluindo a prevenção efetivamente”, instrui o endoscopista. Sobre o Hospital Evangélico   O Hospital Evangélico de Sorocaba (HES) foi fundado em 1935 e é considerado um dos mais tradicionais e acolhedores de Sorocaba. O HES conta, hoje, com Pronto Atendimento Adulto ágil em diversas áreas, inclusive Ortopedia e Oncologia. Possui ambulatório médico em diversas especialidades, Centro Cirúrgico e Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Junto com o Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), o HES compõe o hub de serviços em saúde do grupo Hospital Care para toda a região. O Hospital Evangélico está localizado na Rua Imperatriz Leopoldina, 136, Vila Jardini. Telefone: (15) 2101-6600. Sobre o IOS O Instituto de Oncologia de Sorocaba é referência há mais de 27 anos em atendimentos de consultas, quimioterapias e infusões oncológicas e não oncológicas tendo como foco cada paciente como um ser único. No IOS, o conceito de humanização não é apenas teórico, mas praticado. O Instituto de Oncologia de Sorocaba está localizado no Centro de Medicina e Saúde, que fica na Av. Comendador Pereira Inácio, 950, Térreo, Jd. Vergueiro, telefone: (15) 3334-3434.

16 de junho

Junho Vermelho: mês reforça a conscientização da doação de sangue

Além de ajudar o próximo, o gesto pode trazer benefícios ao doador e salvar de três a quatro pessoas A doação de sangue é uma ação que transcende barreiras e une pessoas de diferentes origens em um objetivo comum: ajudar aqueles que necessitam de transfusões sanguíneas para sobreviver. Pacientes que enfrentam doenças graves, cirurgias complexas, complicações durante o parto e acidentes traumáticos dependem desse ato de generosidade para que se recuperem. No dia 14 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue, uma data dedicada a reconhecer e celebrar o ato de solidariedade que salva vidas. A Hematologista do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), Dra. Camila Helena Gonzaga, explica que as transfusões sanguíneas são responsáveis por restaurar a quantidade adequada de células sanguíneas no organismo. “Esse procedimento melhora a capacidade do corpo de transportar oxigênio e manter a função adequada dos órgãos. Além desse uso principal, o sangue doado também é utilizado para o desenvolvimento de medicamentos, produção de produtos derivados do sangue, como fatores de coagulação e imunoglobulinas, entre outras aplicações terapêuticas”, diz. No entanto, apesar da importância crucial da doação de sangue, muitos países ainda enfrentam escassez em seus estoques. De acordo com o Ministério da Saúde, globalmente, 42% do sangue é coletado em países de alta renda, que abrigam apenas 16% da população mundial. Essa falta pode ter consequências devastadoras, colocando em risco a vida de pacientes que dependem de transfusões sanguíneas. É por isso que o Dia do Doador de Sangue é tão significativo. Ele visa conscientizar e incentivar as pessoas a se tornarem doadoras regulares. Além de ajudar o próximo, o gesto pode trazer benefícios ao doador. Segundo a Universidade Estadual Paulista, Unesp, doar sangue de forma regular pode reduzir o risco de doenças cardíacas, além de ajudar a manter níveis saudáveis de ferro no sangue. “Muitas pessoas experimentam um senso de realização e satisfação emocional ao doar sangue. Saber que estão ajudando a salvar vidas e contribuir para a saúde de outras pessoas pode proporcionar uma sensação de propósito e gratidão”, comenta Camila. Uma doação que pode valer por quatro A médica hematologista comenta que uma doação de sangue pode potencialmente salvar a vida de três a quatro pessoas. O sangue doado é dividido em componentes: glóbulos vermelhos, plasma e plaquetas, que podem ser utilizados individualmente para tratar diferentes condições médicas. “Os glóbulos vermelhos são usados principalmente em transfusões para pacientes com anemia ou perda significativa de sangue. O plasma é utilizado para tratar distúrbios de coagulação e outras condições. As plaquetas são frequentemente necessárias para pacientes com distúrbios de coagulação ou que estão passando por tratamentos como a quimioterapia. Dessa forma, uma única doação de sangue pode ser processada e separada em diferentes componentes para ajudar várias pessoas”, explica. Doar sangue é um processo seguro e simples. Antes de realizar a doação, os doadores são submetidos a uma triagem rigorosa para garantir a segurança tanto para a pessoa que está doando quanto para o receptor. O sangue coletado é testado para identificar possíveis infecções e, em seguida, processado e distribuído de acordo com as necessidades médicas. “No Brasil, existem critérios específicos e restrições para a doação de sangue. De forma geral, os doadores devem ter entre 16 e 69 anos, lembrando que menores de idade (16 e 17 anos) podem doar sangue com a autorização dos pais ou responsáveis legais. O peso mínimo exigido é de 50 kg. Para homens, o intervalo mínimo entre as doações é de 60 dias, com limite de até quatro doações por ano. Para mulheres, o intervalo mínimo é de 90 dias, com limite de até três doações por ano”, orienta a médica. Mas antes de doar sangue, é importante se preparar adequadamente para garantir a segurança e o bem-estar durante e após o processo. Aqui vão algumas dicas: nas 24 horas antes da doação beba bastante líquido, evite bebidas alcoólicas, faça uma refeição leve, evitando comidas gordurosas, evite jejum prolongado e exercícios físicos. “Sempre é importante seguir as orientações específicas do local de doação de sangue onde a pessoa planeja fazer a doação. Eles fornecerão instruções detalhadas e responderão a quaisquer perguntas específicas que você possa ter sobre a preparação adequada antes da doação de sangue. E lembre-se, doar sangue é um ato de altruísmo, quem doa sangue, doa vida”, conclui Camila. Sobre o Instituto de Oncologia de Sorocaba O Instituto de Oncologia de Sorocaba é referência há mais de 27 anos em atendimentos de consultas, quimioterapias e infusões oncológicas e não oncológicas, tendo como foco cada paciente como um ser único. No IOS, o conceito de humanização não é apenas teórico, mas praticado. O Instituto de Oncologia de Sorocaba está localizado no Centro de Medicina e Saúde, que fica na Av. Comendador Pereira Inácio, 950, Térreo, Jd. Vergueiro, telefone: (15) 3334-3434.

31 de março

Março Lilás: Exame preventivo e vacinação contra HPV ajudam a combater o câncer de colo de útero

Tipo da doença é a terceira maior causa de mortes de mulheres no Brasil O câncer de colo de útero é silencioso e pode demorar alguns anos para se desenvolver na sua forma mais grave. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados mais de 17 mil novos casos para o ano de 2023, o que significa 13 diagnósticos da doença a cada 100 mil mulheres. Os números mostram que o câncer de colo está diminuindo, porém, ainda é a terceira maior causa de morte de mulheres por esse tipo da doença no país. O principal fator do surgimento do tumor é a infecção do vírus do HPV, o papilomavírus humano. “A infecção genital pelo HPV é muito frequente e na maioria das vezes não causa câncer. Porém, em alguns casos, podem acontecer alterações celulares, que podem evoluir em um tumor maligno”, explica a oncologista do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), Dra. Luciana Buttros. As condições do aparecimento do câncer e os sintomas Alguns hábitos cotidianos podem ser repensados para prevenir o câncer de colo de útero, são eles: uso de preservativos nas relações sexuais, reduzir o número de cigarros, não iniciar de forma precoce a vida sexual e manter boas condições de higiene. “Mesmo sendo uma doença silenciosa, é preciso ficar atento quando há dor durante a relação sexual e sangramento vaginal. A transmissão do vírus se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada e a principal forma é pela via sexual.”, alerta Luciana. A oncologista ainda comenta que verrugas na mucosa da vagina podem ser um dos indícios do tumor, por isso, é sempre importante realizar o exame preventivo, o chamado Papanicolau. “Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo. São curáveis na quase totalidade dos casos se descobertos de forma precoce. Por isso, é importante a realização periódica do Papanicolau”, enfatiza. Março Lilás: conscientização sobre a prevenção Março foi escolhido para conscientizar e combater o câncer de colo de útero, que se descoberto no início, tem um percentual grande de cura. A principal via de cuidado é a vacina contra o HPV, disponível para meninas na faixa etária de 9 a 14 anos e para meninos de 11 a 14 anos pelo SUS. A vacinação pode ajudar a prevenir 70% dos cânceres de colo de útero e 90% das verrugas genitais. Além disso, outra maneira de prevenir o HPV é por meio do uso de preservativos durante a relação sexual. “A vacinação e a realização do Papanicolau se complementam para prevenir o câncer de colo. Mesmo as mulheres vacinadas, recomenda-se a realização do exame periodicamente ao atingir os 25 anos. Para mulheres com imunossupressão (diminuição de resposta imunológica), vivendo com HIV/Aids, transplantadas e portadoras de cânceres, a vacina é indicada até os 45 anos”, completa Luciana. Tratamento O tratamento para o câncer de colo de útero pode acontecer por meio de radioterapia, quimioterapia e cirurgia de remoção. “Existem vários tipos de tratamento para esse tipo da doença, tudo dependerá do estágio de evolução do tumor, o tamanho, a idade do paciente e o desejo de ter filhos. Importante salientar que caso haja alguma dúvida ou algum sintoma estranho, procure um médico de confiança”, completa a oncologista. Sobre o IOS O Instituto de Oncologia de Sorocaba é referência há mais de 27 anos em atendimentos de consultas, quimioterapias e infusões oncológicas e não oncológicas tendo como foco cada paciente como um ser único. No IOS, o conceito de humanização não é apenas teórico, mas praticado. O Instituto de Oncologia de Sorocaba está localizado no Centro de Medicina e Saúde, que fica na Av. Comendador Pereira Inácio, 950, Térreo, Jd. Vergueiro, telefone: (15) 3334-3434.

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