Outubro rosa: faça o quiz sobre câncer de mama e atualize-se sobre a campanha! - Blog - Hospital Evangélico

31/10/2023

Outubro rosa: faça o quiz sobre câncer de mama e atualize-se sobre a campanha!

No mês de prevenção do câncer de mama, teste seus conhecimentos sobre a doença, descubra o que mudou no prognóstico nas últimas décadas e descubra as origens do Outubro Rosa!

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Tudo está cor de rosa em outubro! De posts nas redes sociais a programas de TV, de uniformes de equipes esportivas ao Cristo Redentor e a Casa Branca. E por um bom motivo: o Outubro Rosa é uma das campanhas de saúde mais lembradas e queridas em todo o mundo, celebrada há mais de 30 anos.

O Outubro Rosa nasceu como um mês de conscientização sobre o câncer de mama. Hoje em dia, já se tornou uma data focada, de maneira mais geral, na saúde das mulheres. É uma ótima oportunidade para discussões sobre alguns dos principais temas que afetam especialmente esse grupo.

Falando nisso, como está o seu conhecimento sobre a saúde feminina e o câncer de mama? Preparamos um resumo com as últimas novidades sobre tratamentos e prognósticos. Além disso, trazemos dados interessantes sobre a doença e a campanha do Outubro Rosa. Acompanhe!

 

Vamos começar: teste seu conhecimento!

Para começar nossa conversa, teste seus conhecimentos sobre os temas do Outubro Rosa no breve quiz a seguir!

 

➥ A partir de que idade são recomendados exames anuais para câncer de mama?

  • 35 anos
  • 40 anos
  • 50 anos
  • 60 anos

R: Entidades de saúde como a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomendam exames de mamografia anuais para mulheres assintomáticas a partir dos 40 anos.

 

➥ Em qual posição o câncer de mama aparece no ranking dos tipos de câncer mais prevalentes em mulheres?

  • 1ª posição
  • 2ª posição
  • 3ª posição
  • 10ª posição

R: O câncer de mama é o mais comum (1ª posição – excluindo o câncer de pele não melanoma) entre mulheres em todo o mundo. Estima-se que cerca de 25% dos novos diagnósticos de câncer em mulheres são de mama.

 

➥ Qual a porcentagem dos casos de câncer de mama que surgem por motivos hereditários?

  • 5 a 10%
  • 25%
  • 50%
  • Mais de 50%

R: Estima-se que 5 a 10% dos casos de câncer de mama têm origem genética, isso é, possuem um histórico familiar. É importante frisar: perceba que a grande maioria dos casos de câncer de mama não tem relação com histórico na família! De qualquer maneira, conhecer os casos em parentes próximos é bastante relevante: dados mostram que ter um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) que teve câncer de mama aumenta os riscos em cerca de 2x. Se 02 parentes de primeiro grau tiveram câncer de mama, o risco aumenta em 3x.

Por isso, nessas situações, é importante conversar com seu médico e realizar um acompanhamento mais detalhado, identificando o quanto antes qualquer problema e evitando alguns dos fatores de risco para a doença.

Sempre é bom lembrar: os principais sintomas do câncer de mama

Na grande maioria dos casos, o câncer de mama pode ser percebido pelos sintomas abaixo:

  • A presença de um nódulo (caroço), geralmente indolor e ‘fixo’ em uma posição na mama: este é, de longe, o sinal mais comum.
  • Mudanças na pele da região da mama: ela pode ficar avermelhada, retraída ou com aspecto ‘ressecado’, parecido com ‘casca de laranja’.
  • Alterações no mamilo, como retrações.
  • Presença de pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço.
  • Saída espontânea de líquido pelos mamilos.

Caso detecte qualquer um desses sintomas, marque uma consulta com seu médico para uma avaliação diagnóstica mais detalhada! Atenção! A maioria das pessoas não apresenta nenhum sintoma, o que tornam obrigatórios os exames de rastreamento.

Boas notícias sobre o prognóstico do câncer de mama

Uma das melhores notícias quando o assunto é câncer de mama é que os tratamentos estão cada vez mais eficientes. O prognóstico da doença melhora a cada ano.

Um estudo realizado este ano por pesquisadores da Universidade de Oxford [1] mostrou o quanto os tratamentos evoluíram. Na década de 1990, uma mulher diagnosticada com câncer de mama invasivo em seus estágios iniciais tinha uma chance de 86% de sobreviver dentro de cinco anos após o diagnóstico. Uma mulher diagnosticada com o mesmo tipo de câncer nos anos 2010 já tinha, em média, 95% de chance de sobrevida no mesmo período. Em outras palavras: em 20 anos, houve uma redução de 65% nos riscos de falecimento devido ao câncer de mama.

Os números acima referem-se a mulheres na Inglaterra, mas é possível perceber boas notícias vindas de todo o mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, desde os anos 1990, a taxa de mortalidade por câncer de mama vem caindo cerca de 2.5% a cada ano [2]. Isso graças à detecção precoce da doença, por meio de mamografias, e a tratamentos mais eficientes.

 

Curiosidade: a origem da fitinha cor de rosa

Em quase todas as peças do Outubro Rosa, vemos uma fita de laço cor de rosa acompanhando as mensagens. A origem dessa fitinha é incrível e mostra o quanto o câncer de mama impacta a vida das mulheres, mesmo aquelas que não tiveram a doença!

No começo da década de 1990, uma grande revista feminina nos Estados Unidos decidiu lançar uma edição especial sobre o Outubro Rosa, já que uma de suas editoras sobreviveu ao câncer de mama e, para comemorar, quis conscientizar o público sobre a doença. Foi um enorme sucesso: a edição vendeu milhares de cópias em todo o país.

No ano seguinte, a publicação decidiu repetir a dose: publicaria uma nova edição sobre câncer de mama, mas desta vez ampliaria a campanha de conscientização. A ideia que tiveram foi essa: a revista se juntaria a uma grande empresa de cosméticos; nas centenas de balcões dessa loja em todo o país, a revista colocaria laços de fita, recordando as mulheres sobre o Outubro Rosa.

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Pouco antes do lançamento da campanha conjunta, a revista descobriu que já havia alguém fazendo algo muito similar.

Uma senhora de 68 anos chamada Charlotte Haley criava, na cozinha de sua casa em Simi Valley, Califórnia, lacinhos de fita cor de pêssego, juntava-os a uma carta contendo a mensagem “O orçamento anual do Instituto Nacional do Câncer dos EUA é de US$ 1,8 bilhão; apenas 5% vão para a prevenção do câncer. Ajude-nos a conscientizar nossos legisladores e os Estados Unidos usando esta fita” e os distribuía em supermercados de sua cidade. Ela também enviava, por correio, os kits para consultórios médicos e para mulheres célebres, como a primeira-dama. Charlotte se empenhava nessa atividade de conscientização porque sua avó, irmã e filha foram diagnosticadas com câncer de mama, o que a abalou profundamente. Ela decidiu, portanto, agir, e fez isso da maneira que podia: criando lacinhos de fita.

Sabendo dessa história, a revista entrou em contato com Charlotte, buscando unificar as iniciativas. A surpresa? Charlotte não quis! Ela achou a ideia da publicação ‘muito comercial’ e decidiu continuar a criar, sozinha, seus kits. A revista, então, para evitar problemas judiciais, mudou a cor do lacinho de pêssego para rosa, e lançou a campanha por conta própria. Assim nasceu a fita rosa do Outubro Rosa, um dos símbolos de saúde mais reconhecidos em todo o mundo!

 

O Outubro rosa é um mês de informação, prevenção e carinho

Como vimos acima, a cada ano que passa o câncer de mama tem se tornado um assunto um pouquinho mais leve para as mulheres, já que os prognósticos melhoram constantemente e, cada vez mais, a detecção de problemas ocorre mais cedo, permitindo tratamentos mais eficientes.

Será que, dentro de alguns anos, o câncer de mama deixará de ser o principal problema de saúde que afeta o público feminino? Enquanto acompanhamos as evoluções médicas, o fundamental é aproveitar datas como o Outubro Rosa para relembrar a importância do autocuidado e da atenção com a própria saúde.

Você sabia que o Outubro Rosa é instituído por lei aqui no Brasil?

Em 2018, entrou em vigor a Lei nº 13.733, instituindo outubro como o Mês de Conscientização sobre o Câncer de Mama.

O objetivo da campanha é promover a educação da população sobre o tema, seja em eventos públicos, seja via materiais distribuídos na mídia, assim como iluminar prédios públicos com a cor rosa ao longo do mês.

Dicas para realizar o autoexame

Ao menos uma vez por mês, sempre que se sentir confortável, realize um autoexame minucioso das mamas, em busca de quaisquer alterações ou mudanças que achar relevantes. Quanto mais intimamente você conhecer seu corpo, mais rápido poderá identificar alterações que venham a surgir.

Fique de frente a um espelho bem iluminado e observe cada uma das mamas, seu formato, coloração e textura da pele e se há presença de secreções nos mamilos. Faça isso com os braços abaixados, depois com as mãos na altura do quadril e, por fim, com os braços levantados e ambas as mãos atrás da cabeça – isso ajudará a verificar o formato dos seios em diversas posições diferentes.

Depois, lembre-se da importância do toque. Levante o braço esquerdo e, com a ponta dos dedos da mão direita, realize o autoexame de maneira calma, cuidadosa e completa. Busque sentir quaisquer pontos mais durinhos sob a pele. Explore a mama e a região completa ao redor, inclusive debaixo dos braços e a zona entre a mama e os ombros. Algumas mulheres preferem fazer esse passo utilizando loções, óleos ou até mesmo o sabonete durante o banho, para que os dedos deslizem mais facilmente. Descubra a maneira mais confortável para você! Repita o autoexame na mama direita (com o braço direito levantado). Caso perceba qualquer alteração ou se sentir desconfortável com algo observado, converse com seu médico sobre elas. Cuide-se. Quanto antes qualquer problema for detectado e tratado, melhor.

Seja em outubro, seja em qualquer outro mês do ano, a saúde da mulher precisa ser uma prioridade para todos nós!

 

Referências

[1] Taylor C, McGale P, Probert J, Broggio J, Charman J, Darby S C et al. Breast cancer mortality in 500 000 women with early invasive breast cancer diagnosed in England, 1993-2015: population based observational cohort study BMJ 2023; 381 :e074684 doi:10.1136/bmj-2022-074684

[2] Hendrick, R.E., Baker, J.A. and Helvie, M.A. (2019), Breast cancer deaths averted over 3 decades. Cancer, 125: 1482-1488. https://doi.org/10.1002/cncr.31954

[3] https://www.cancer.org/cancer/types/breast-cancer/risk-and-prevention/breast-cancer-risk-factors-you-cannot-change.html

[4] https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/cancer-de-mama/unidade-de-atencao-primaria/rastreamento-diagnostico/#pills-rastreamento-diagnostico

 

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